Carta a Todos Que Já Me Deram Alguma Razão
De tudo o que pode aterrorizar alguém, o que mais temo são as certezas.
Se a ciência pode ser comprada, as notícias manipuladas, a história direcionada, os políticos corrompidos, os sentimentos confundidos e a religião contestada, quem sou eu para afirmar algo? Ter certeza ou atestar que sei de alguma coisa?
Nos momentos em que mais tive certeza foram os momentos em que mais me perdi de mim mesmo e do sentido da vida. Amadurecer não é ter certeza, mas reconhecer o que ainda não se sabe. É ter abertura para o diálogo, para o novo, para o incerto. É se questionar antes de reafirmar ou adquirir um novo conceito. E eu ainda tenho muito a amadurecer.
Que as pessoas que me amam ou apenas me querem bem me corrijam todas as vezes em que, por descuido, eu voltar a alegar certeza de algo. Que me lembrem que convencer não significa ter razão, que conhecer não é sinônimo de saber.
Não estou dizendo, porém, que a dúvida, a ignorância, a incerteza e a insegurança sejam boas. Quero apenas lembrar que, como humanos, temos o direito de errar.
De todas as certezas que tive, o que mais me fez sofrer não foi a quebra de cada uma delas, mas sim o que deixei de viver e aprender enquanto as carregava comigo. Com isso, aprendi a ter opiniões, mas nunca certezas.
Que eu tenha cada vez menos razão. Que eu aprenda a ouvir mais as pessoas e aprenda o que preciso aprender com elas. Que eu seja sempre lembrado que preciso estudar mais e que, às vezes, a melhor forma de estudar é através do viver. Que eu não me esqueça que os livros contêm apenas informação e não sabedoria.
Peço, por favor, que tenha paciência comigo quando você me perceber em dúvida. Mas mais ainda quando me encontrar com alguma certeza. A dúvida é um caminho para o aprendizado, enquanto a certeza é um muro que atravessa esse caminho (nos impedindo de ver o que há do outro lado) e que precisa ser perfurado, quebrado e derrubado, não importando sua grossura ou material com que é feito. Eu preciso de você para me ajudar a quebrá-lo, mesmo que na hora - cego pelas minhas convicções - eu não aceite ajuda alguma. Um muro que separa pessoas, conhecimentos e até nações inteiras não é um muro que vale a pena ser mantido.
Que tudo o que eu sei ao escrever este texto também seja contestado, refutado e reconstruído.
Se a ciência pode ser comprada, as notícias manipuladas, a história direcionada, os políticos corrompidos, os sentimentos confundidos e a religião contestada, quem sou eu para afirmar algo? Ter certeza ou atestar que sei de alguma coisa?
Nos momentos em que mais tive certeza foram os momentos em que mais me perdi de mim mesmo e do sentido da vida. Amadurecer não é ter certeza, mas reconhecer o que ainda não se sabe. É ter abertura para o diálogo, para o novo, para o incerto. É se questionar antes de reafirmar ou adquirir um novo conceito. E eu ainda tenho muito a amadurecer.
Que as pessoas que me amam ou apenas me querem bem me corrijam todas as vezes em que, por descuido, eu voltar a alegar certeza de algo. Que me lembrem que convencer não significa ter razão, que conhecer não é sinônimo de saber.
Não estou dizendo, porém, que a dúvida, a ignorância, a incerteza e a insegurança sejam boas. Quero apenas lembrar que, como humanos, temos o direito de errar.
De todas as certezas que tive, o que mais me fez sofrer não foi a quebra de cada uma delas, mas sim o que deixei de viver e aprender enquanto as carregava comigo. Com isso, aprendi a ter opiniões, mas nunca certezas.
Que eu tenha cada vez menos razão. Que eu aprenda a ouvir mais as pessoas e aprenda o que preciso aprender com elas. Que eu seja sempre lembrado que preciso estudar mais e que, às vezes, a melhor forma de estudar é através do viver. Que eu não me esqueça que os livros contêm apenas informação e não sabedoria.
Peço, por favor, que tenha paciência comigo quando você me perceber em dúvida. Mas mais ainda quando me encontrar com alguma certeza. A dúvida é um caminho para o aprendizado, enquanto a certeza é um muro que atravessa esse caminho (nos impedindo de ver o que há do outro lado) e que precisa ser perfurado, quebrado e derrubado, não importando sua grossura ou material com que é feito. Eu preciso de você para me ajudar a quebrá-lo, mesmo que na hora - cego pelas minhas convicções - eu não aceite ajuda alguma. Um muro que separa pessoas, conhecimentos e até nações inteiras não é um muro que vale a pena ser mantido.
Que tudo o que eu sei ao escrever este texto também seja contestado, refutado e reconstruído.
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