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Yang

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Amar é sempre uma novidade, uma experiência única. Na primeira vez me culpei pela falta de atitude. Até que me senti um idiota por, em outra oportunidade, eu tomar atitudes demais. "Se importe menos", "demonstre mais"... sempre ouvindo os conselhos e avisos certos para as situações erradas. Amei, fui amado... Ufa! Achei a fórmula, mas... não durou. Morreu em mim e morreu nele e ficou tudo bem. Amigos, enfim. "Não era pra ser". Mas a vontade de amar alguém persistiu. Não aprendi nada em 24 anos de encontros e desencontros? Sim, aprendi, me tornei autossuficiente, mas não é esse o ponto. Vez ou outra quero compartilhar esse amor com alguém. Não precisa ser pra sempre, só precisa ser recíproco (pelo tempo que durar). Eis que você entra pela porta da sala de aula e naquele momento está dado o veredito: este homem fará parte da minha vida de forma significativa. Quem definiu isso eu não sei, só sei que pude ouvir a sentença vinda de dentro. Com a aju

Uma Carta de Amor (para dizer Adeus)

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São Paulo - SP, domingo, 24 de Março de 2018 Caro [...], Você tem tentado me reconquistar e eu aprecio sua humildade em me procurar a fim de juntos tentarmos consertar os erros do passado. Como já falei e repeti tantas vezes, para mim o passado já passou e hoje não passa de experiência. Uma bagagem a mais para a minha caminhada de vida. Se para você este é um assunto tão bem resolvido quanto para mim, então não temos mais por que voltar a este ponto. O que talvez você não tenha percebido é que o que aconteceu com a gente provocou mudanças. E, em mim essas mudanças foram profundas, estruturais. Me mudei da cabeça aos pés. A partir do que passamos pude fazer uma autoanálise e mudar muitas coisas em mim. Por exemplo: meu foco não são mais os problemas e defeitos (sejam os meus, os seus ou os do mundo). Meu foco agora são as coisas boas, aquelas que devemos fortalecer e das quais devemos nos lembrar sempre para que não as percamos entre as tantas coisas ruins que estão acontecend

Folhas Secas

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19 de dezembro de 2016, São Caetano do Sul -SP. Caro amigo, Eu gosto de estar entre folhas secas. Talvez por que me sinto como elas, às vezes. Quase sempre, para ser exato. Na verdade, acho que as folhas secas são uma representação da vida (e das coisas da vida). Hoje elas são secas, descoloridas, apáticas, tortas... Mas nem sempre foram assim. Um dia elas já foram verdes, saudáveis e bonitas... Mas o tempo veio, as desgastou e as jogou fora. Elas já estiveram no topo da árvore e hoje estão no chão. Elas já resistiram ao vento e hoje são levadas por ele. Elas caíram sozinhas, mas é engraçado como elas se amontoam em alguns espaços. É como se o estado deplorável delas causasse empatia uma pela outra e elas se unissem como forma de se sentirem parte uma da outra de novo. Como se elas buscassem juntas uma nova sustentação. O que também acho interessante dizer sobre elas é que elas morrem para dar lugar a outras folhas novas. É um sacrifício por renovação. Eu já caí do meu gal

Carta a Todos Que Já Me Deram Alguma Razão

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De tudo o que pode aterrorizar alguém, o que mais temo são as certezas. Se a ciência pode ser comprada, as notícias manipuladas, a história direcionada, os políticos corrompidos, os sentimentos confundidos e a religião contestada, quem sou eu para afirmar algo? Ter certeza ou atestar que sei de alguma coisa? Nos momentos em que mais tive certeza foram os momentos em que mais me perdi de mim mesmo e do sentido da vida. Amadurecer não é ter certeza, mas reconhecer o que ainda não se sabe. É ter abertura para o diálogo, para o novo, para o incerto. É se questionar antes de reafirmar ou adquirir um novo conceito. E eu ainda tenho muito a amadurecer. Que as pessoas que me amam ou apenas me querem bem me corrijam todas as vezes em que, por descuido, eu voltar a alegar certeza de algo. Que me lembrem que convencer não significa ter razão, que conhecer não é sinônimo de saber. Não estou dizendo, porém, que a dúvida, a ignorância, a incerteza e a insegurança sejam boas. Quero apenas l