Tributo ao Corpo


Amar meu corpo não é arrogância
Nem prepotência
É respeito e reconhecimento
Por que sem ele eu não seria nada
(Literalmente).

Amá-lo é um ato de justiça
Meu corpo é onde mora minha alma
É minha história dentro da minha pele
É minha vida pulsando e batendo no peito
Minhas cicatrizes são marcas da minha coragem e das minhas lutas
Meu nariz me dá o ar que respiro
Meus pés me levam adiante e me sustentam
Meus pelos são como flores negras que desabrocham na primavera
Mesmo que haja invernos no qual eles são tirados de mim,
Eles ainda voltam, mais grossos e mais fortes.

Eu não tenho que ter vergonha do que ele é
Ou deixa de ser
Tenho é que ter orgulho por ele ser meu,
E só meu,
Ainda que às vezes eu o compartilhe com outro alguém.
Não há vergonha na minha nudez
Pois não há crimes ou injúrias na minha história
Pelos quais eu já não tenha me redimido.

Quero meu corpo livre e respeitado.
Devo perdão a ele pelas vezes em que o insultei
Ou por tê-lo agredido e oprimido a fim de que coubesse em um padrão.
Eu devia era ter vergonha
Não dele e do que ele revela,
Mas das vezes em que o ocultei por pressão da opinião alheia

Às vezes ele grita por voz e liberdade.
Afinal, meu corpo é político
É artístico,
É sagrado,
É vivo,
É único,
É natural
E é meu.

O corpo de alguém é todo um universo particular
Nele há força e sensibilidade.
Há razão e um pouco de loucura.
Há veneno e há doçura.

Corpo, oh, corpo
Muito obrigado
Por tudo o que revela
E pelo que também protege.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Num Passe de Mágica

The Call of Goddess

Aqui Não Tem Carnaval